Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Parto
PARTO

Cortinas dançantes
carícia nas têmporas
sussurro:
- Escreve...
Sonho...
Nada.
Não é assim.

Persianas retorcidas
vento autoritário
grito:
- Escreve!
Tremo...
Nada.
Não é assim.

Lua emoldurada
languidez neon
gemido:
- Escreve?
Prateio-me...
Nada, ainda.
Também não é assim.

A poesia tem seu pulso:
Só vem quando bem quer.
fora do meu controle,
apesar de sair
de dentro de mim.

(Verônica Marzullo de Brito)

Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 12/10/2019
Alterado em 13/10/2019
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