Soneto vencedor:
Inatingível A cada beijo que sofro em imaginar, A cada lágrima em silêncios mal contidos, Dois por cento desta mulher ficam perdidos: Beijos para o vento, lágrimas para o mar. Quando eu vagueio nas ruas de mil sentidos, Crepúsculos e alvoradas imaginários Dançam ao redor das praças e campanários, Vibrando sinos que perfuram meus ouvidos. Você, jóia rara, inatingível emir, Nem imagina que eu carrego esta paixão... Não conhece a dor que é amar sem desistir. Eu, plebeia areia ante o seu trono no ar, Solta no fundo do Tejo que o contorna, Nos sonhos, sou czarina e você é meu czar. |