Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Prêmios


Soneto vencedor:

Inatingível

A cada beijo que sofro em imaginar,
A cada lágrima em silêncios mal contidos,
Dois por cento desta mulher ficam perdidos:
Beijos para o vento, lágrimas para o mar.

Quando eu vagueio nas ruas de mil sentidos,
Crepúsculos e alvoradas imaginários
Dançam ao redor das praças e campanários,
Vibrando sinos que perfuram meus ouvidos.

Você, jóia rara, inatingível emir,
Nem imagina que eu carrego esta paixão...
Não conhece a dor que é amar sem desistir.

Eu, plebeia areia ante o seu trono no ar,
Solta no fundo do Tejo que o contorna,
Nos sonhos, sou czarina e você é meu czar.


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