Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Que te matem no Estácio
Marielle, Marielle...
De qual favela tu vens?
Qual a cor da tua pele?
Não contes com parabéns.

Deixa de ser enxerida!
Não demonstres teu querer!
Não é nossa essa ferida.
Sossega o facho, mulher!

Queres chamar a atenção
aos problemas sociais?
Se prossegues, vais ao chão!
Veja: Não somos iguais!

Marielle, Marielle...
Não toques no meu vespeiro!
Tua luta me compele;
desperta em mim o açougueiro.

Não me ouves? Não te calas?
Prepara teu epitáfio!
Morrerás ao som de balas:
Que alguém te mate no Estácio.

(Verônica Marzullo de Brito)
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 15/03/2018
Alterado em 16/03/2018
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras
Moto Contínuo R$ 40,00