Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Conjuntivite

Não foi nada...
areia de implosão,
vento de nova estação,
poeira de estrelas,
futuro já mofado,
rastro de caminhão.
recuso-me a ver
O horizonte embaçado.
fujo para não dobrar
outra esquina errada.
Ah...
Isso dói!
preciso de tempo:
Longa calmaria,
muita assepsia.
É tanta ardência,
tanta impotência...
Por isso, estes óculos:
para vencer o Sol;
para não tropeçar.
Então, faz assim:
Olha apenas meus lábios.
acredita em meu sorriso.
não tentes me encarar
nem interpretar meus olhos.
É só conjuntivite!
Vai passar.

(Verônica Marzullo de Brito - 04/12/2017)
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 04/12/2017
Alterado em 04/12/2017
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