Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Balas cor-de-rosa

Hoje eu tenho um trabalhinho
Muito, muito complicado:
Fazer um poema doce
Sobre meu mundo encantado.

Pela estrada cor-de-rosa,
Caminho ao som de andorinhas,
Procurando inspiração
Ao saltitar por pedrinhas.

Pouco a pouco, me aparecem
Nuvens de doce algodão.
As flores falam comigo
E é reluzente o chão.

Chega uma música à mente:
Puro sonho, surreal!
Cantando o céu cor-de-rosa
Desta cidade infernal.

Ah... Mas que inferno, que nada!
Cidade Maravilhosa!
É isso o que todos dizem;
Não há outra mais formosa.

Temos alguns probleminhas.
Coisa pouca! Irrelevantes!
Respingos em rosa-choque
Num céu de balas traçantes.

Na Mangueira, verde e rosa,
Soam vibrantes rajadas.
Não me apavoro: É um samba
Com metralhas ensaiadas.

Só para fixar o tema,
Um rosa-carne reluz.
São as crianças do Chico
Que se alimentam de luz.

Ah, quanto sonho e beleza!
Rio cor de rosa-chá...
Só vejo um momento triste:
A hora de despertar.

(Verônica – 29/08/2017)
Você gostou?
Conheça outros poemas de minha autoria na página
https://www.facebook.com/poeta.veronica/
Obrigada pela visita!
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 30/08/2017
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras
Moto Contínuo R$ 40,00