Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Decreto
Se a vida é um intervalo
Que haja plantio e colheita
Não quero apenas o estio.
Quero o senso verdadeiro
A paixão, o gosto, o cheiro
Não aceito só migalhas
Devoro o pão inteiro.
Seja amargo, doce ou sal
Eu gosto, mastigo e engulo
Pois apenas ao insosso
Considero anormal.
Quero cuidar, ser cuidada
Ser amada e amar
Transbordar meu coração
Pois viver sem emoção
É girar em torno do nada.
Não, não vou me acostumar
A ver algo a esfriar.
Não pretendo aceitar
Diálogos monocórdicos
Olhares distantes, frios
Abraços sem arrepios
Palpáveis espaços vazios.
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 27/07/2016
Alterado em 27/07/2016
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