Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Fjord
Fjord

Geleiras, rumo contido
Pouca chance para o sol
A noite apura a Lua
Como prata num crisol

Nuas, as rochas se encaram
Sem se tocarem, jamais
Despidas de toda a neve
Porém, calor... nunca mais

Eterna contemplação
Confinada aos olhares
De lágrimas derretidas
Que formam rios e mares

Possibilitam, assim,
A navegação humana
Que passa, sem suspeitar
Daquele terrível drama

Púrpuras flores recobrem
As solitárias pedreiras
Embelezam a dureza
De suas mútuas fronteiras.
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 17/03/2016
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