Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

O cronista da Piedade
O cronista da Piedade

Mereceria uma placa:
"Cronista da Piedade"
Esta casa prolifera
Muita criatividade

As plantas falam com ele
Os cães fazem melodia
Ele assimila e transforma
Os fatos: pura alquimia

Chega a noite. Ideias dançam
Na mente do escritor
Gênio multifacetado
Livros, escola, amor

Na calada, o corpo dorme
E a alma põe-se a sonhar
Gerando crônica nova
Com tema, data e lugar

Cortinas esvoaçantes
Traçam arcos, retas, tramas
Envolvem sonhos errantes
Emolduram nossa cama

O ventilador insiste
Em dançar uma valsinha
Com a porta do armário
Que, há anos, dança sozinha

Um cão gane ao pé da porta
Tentando, dengoso, entrar
Há muito ele vive aqui
Tem visgo deste lugar

O cuco anuncia as sete
E nosso escritor desperta
Todo o quarto, então, se cala
Entrando em estado de alerta

Palavras retornam aos livros
Livros voltam às estantes
Nada mudou por aqui
A casa está como antes.

Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 29/02/2016
Alterado em 23/03/2016
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