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Mister Ego
Com essa chuva insistente
E a dengue a me derrubar No corredor do hospital De pé, pois não há lugar Esperando minha vez Para ser examinada A atendente nervosa Com tanta gente, coitada Só me resta o celular Para escrever besteiras E começo a reparar No jeito d'umas toupeiras Uma delas, Mister Ego, Se acha o maioral Para se valorizar Necessita tratar mal Quer desesperadamente Ser honrado com louvores Atenções exageradas Amenizam seus temores É tolerado por uns Mas por outros rejeitado Capricha na verborreia Mostra traumas do passado Mister Ego, coitadinho, Quer mostrar-se especial Precisa de muito aplauso Para sentir-se normal. (Verônica - 28/01/2016)
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 28/01/2016
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