Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Mister Ego
Com essa chuva insistente
E a dengue a me derrubar
No corredor do hospital
De pé, pois não há lugar

Esperando minha vez
Para ser examinada
A atendente nervosa
Com tanta gente, coitada

Só me resta o celular
Para escrever besteiras
E começo a reparar
No jeito d'umas toupeiras

Uma delas, Mister Ego,
Se acha o maioral
Para se valorizar
Necessita tratar mal

Quer desesperadamente
Ser honrado com louvores
Atenções exageradas
Amenizam seus temores

É tolerado por uns
Mas por outros rejeitado
Capricha na verborreia
Mostra traumas do passado

Mister Ego, coitadinho,
Quer mostrar-se especial
Precisa de muito aplauso
Para sentir-se normal.

(Verônica - 28/01/2016)
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 28/01/2016
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