Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Fumaça
O sorvete cai da neve lá da Estrela
Há fumaça de memórias nas castanhas
O presunto toma a forma de borrego
As comidas e as vestes são estranhas

As passas do arroz são de chouriço
A cerveja?  Juro, juro!  é cor de vinho
Os fogos que estouram no horizonte
Emolduram não o mar: o verde Minho

Onde todos veem uma churrasqueira
Não me iludo, pois sei bem o que é aquilo
O calor desta saudade é da lareira
Com pinhões a crepitar num som tranquilo

O homem de vermelho vem chegando
Não são gritos; são meninos do Estoril
Em cânticos suaves e embalados
Por paisagens de Coimbra e Arganil

Estou cá por inteiro, mas lembranças
Das belezas e da neve no quintal
Fazem todos os natais serem mais belos
No Brasil, mas com um quê de Portugal

(Verônica - 01/01/2016)
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 01/01/2016
Alterado em 04/01/2016
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