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Jó
Vem a vida e lhe entrega um grande fardo
E você assume a carga sozinho Ar alegre, solícito, um bardo Aceita se te chamam de "bonzinho" Acredite, meu caro, a sua sorte Não é maior que uns tapinhas nos ombros Receber elogios de calhordas Reduzir o seu pobre ego a escombros Você olha pro alto, chora e reza Crendo, até mesmo, ter algum valor Que, lá de cima, alguém não lhe despreza Aprume-se. Ajeite essa gravata Vá pra rua suar por mais um dia Assuma o seu destino de babaca.
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 28/11/2015
Alterado em 09/03/2016 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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