Poeta Verônica Marzullo de Brito

A poesia não pode parar!

Textos

Ah, meus bordados...
Na infância adorava bola, pipa, construções etc. Gostava também de bonecas, mas elas andavam de caminhão, serviam de goleiras... De vez em quando alguém ... “como é que uma menininha tããããão linda brinca assim, suja os vestidos, blá blá...”
Com 17 anos e prestes a entrar para a faculdade, dançando uma lentinha com um rapaz p-e-r-f-e-i-t-o com quem tomava sorvetes e conversava a uma semana, tive que engolir algo como “como é que a gatinha pode gostar de eng. química e dançar tão gostosinho?”... assim, baixinho no ouvido e mãos nos pescoços, não deu pra digerir até hoje.
Neste domingo, cinco anos e meio de pleno século XXI, estava eu numa livraria folheando minhas eternas manias de Mossad, Conspirações, Michael Moore etc... e um homem conversando comigo, procurando as mesmas coisas... de repente muda a expressão, apimnenta o olhar, propõe cafezinho e lá vem: “não imaginava encontrar nesta secção uma mulher assim!”...
Será que no meu enterro alguém vai sugerir caixão com lacinhos cor-de-rosa??
(Verônica - 2005)
Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 31/10/2015
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